Chapada Diamantina: uma expedi��o de Toyota Hilux

A reportagem rodou tr�s mil quil�metros, circulando pelos estados do Rio, Minas e Bahia com a picape m�dia, numa experi�ncia entre o asfalto e estradas de ch�o

Por O Dia

Ibicoara (BA) e Rio - Viajar pelo Brasil, por meio de suas estradas, � uma experi�ncia plural, tamanho os contrastes encontrados pelo caminho. Ora bom asfalto, ora deplor�vel, ora infraestrutura, ora sequer o m�nimo. Desta viv�ncia, ao menos uma boa hist�ria se espera. Neste esp�rito, embarcamos numa Toyota Hilux SRX 4x4 diesel em Salvador, rumo � Chapada Diamantina, na Bahia, para explorar as maravilhas locais, a engenharia da natureza e, por fim, encerrar esta expedi��o em dire��o ao Rio de Janeiro, num trajeto de tr�s mil quil�metros.

Na Chapada Diamantina%2C riachos cortam as estradas entre as atra��esLeandro Eir� / Ag�ncia O Dia

Saindo dos limites da capital baiana, onde uma picape m�dia n�o � bem modelo de mobilidade, logo percebemos a necessidade das suas aptid�es. Saiba que o Brasil do interior n�o � uma protuber�ncia de vias asfaltadas. O �terr�o� reina absoluto nestas localidades. A regi�o da Chapada Diamantina � formada por cidades diversas, cujas rodovias principais de interliga��o s�o asfaltadas, com regular qualidade at�. Mas se a inten��o for tur�stica, como a nossa, os caminhos para as atra��es � po�os, cachoeiras, cavernas � s�o de levantar poeira. Boa parte deles at� admite passagem de carros de passeio comuns, em dias secos, mas nada como um genu�no fora de estrada.

A Hilux nos dispensou da preocupa��o de transitar livremente entre Len��is, Andara�, Nova Reden��o, Mucug�, Igatu e Ibicoara, algumas das cidades da Chapada Diamantina por onde passamos. Quando no asfalto, o sistema de suspens�o desta picape Toyota, em combina��o com os pneus 265/60 R18, age bem na seguran�a para efetuar as curvas sinuosas das rodovias locais (considere a topografia da regi�o), assim como absorver irregularidades do asfalto. Atuando desta forma, a cabine chacoalha e trepida bem menos, gerando menos fadiga para os ocupantes (principalmente para o motorista) e, portanto, uma viagem menos cansativa � pass�vamos horas dentro do ve�culo, cruzando a regi�o, dia e noite.

Um breve �descanso� para a Hilux no isolado povoado de Igatu (BA)%2C de apenas 380 habitantesLeandro Eir� / Ag�ncia O Dia

Sim, foi dado maior destaque para a suspens�o do carro porque foi o sistema mais exigido nesta viagem. Justamente porque, quando o asfalto se foi, era importante ter a ci�ncia de que chegar�amos onde desej�vamos. No cora��o da Chapada, nos povoados remotos, s� ve�culos com tra��o 4x4 e suspens�o refor�ada, como esta Hilux, d�o motiva��o para prosseguir. Pois o piso, em sua maioria, � formado por terra, lama, cascalho, pedra, areia fofa e at� c�rregos e riachos.

Ainda em meio ao terreno adverso, a cabine mostrou boa estabilidade. Some ela a boa posi��o de dirigir (os ajustes do assento do motorista s�o el�tricos nesta vers�o topo) e o c�mbio autom�tico e a vida fora de estrada � algo mais f�cil nestes tempos atuais, mas sem tirar o prazer selvagem. Vale ressaltar, a suspens�o � formada, na dianteira, � independente de bra�os duplos triangulares, molas helicoidais e barra estabilizadora. E na traseira, por eixo r�gido com molas semi-el�pticas de duplo est�gio. A dire��o � hidr�ulica. Al�m do acerto de carroceria, suspens�o e dire��o, a Hilux SRX 4x4 diesel possui os recursos eletr�nicos voltados para o controle do carro, bastante atuantes onde a falta de ader�ncia � iminente: controles de tra��o e estabilidade, bloqueio de diferencial, al�m de assistentes de subida e descida.

A Toyota Hilux%2C ap�s completar mais um trecho. Um breve descanso em frente ao Cemit�rio Bizantino%2C em Mucug�%2C na Bahia%2C no cora��o da Chapada DiamantinaLeandro Eir� / Ag�ncia O Dia

Mec�nica

Mas n�o � s� de suspens�o e conforto de cabine que se constitui uma picape contempor�nea. Motor e c�mbio devem trabalhar bem em conjunto para movimentar a grandona com efici�ncia, sobretudo quando h� carga na ca�amba. N�o foi o nosso caso. O quatro cilindros 2.8 turbodiesel, de 177 cv de pot�ncia e 45,9 kgfm de torque, associado ao c�mbio autom�tico sequencial de seis velocidades, impulsionam bem a Hilux, com boa acelera��o e retomada para um ve�culo de seu porte, na estrada, entregando for�a necess�ria quando os obst�culos exigem para sua transposi��o.

Em poucas ocasi�es, acionamos a 4x4 reduzida para passar por trechos bem cabulosos. Nestes breves momentos, � um deleite apreciar o conjunto mec�nico, a suspens�o e a assist�ncia eletr�nica operando em sincronia em meio ao lama�al, que aos olhos parecia totalmente intranspon�vel. Parecia. Aten��o para alguns indicadores que devem ser considerados para tarefas deste tipo: o v�o livre do solo dela � de 28,6 cm, o �ngulo de ataque � de 31� e o de sa�da 26�.

Para conhecer as melhores atra��es da Chapada Diamantina%2C � preciso deixar o asfalto. Tra��o 4x4 foi necess�ria em alguns momentosLeandro Eir� / Ag�ncia O Dia

Combine as percep��es separadas de cada sistema e temos um ve�culo com robustez suficiente para se aventurar em terras ermas desse 'Brasilz�o', pouco sentindo as dificuldades dos caminhos de tais 'terras de ningu�m'. Torna a tarefa de passar longas horas dentro de ve�culo at� divertida. Cria-se certa rela��o de afeto, por incr�vel que pare�a: voc� 'agradece' ao carro quando transp�e um trecho dif�cil, faz um afago no painel, aquela hist�ria de que o brasileiro � apaixonado por carro.

Equipamentos

Tantas horas a bordo s�o suficientes para julgar os equipamentos do autom�vel, como � fundamental a presen�a ou aus�ncia de cada um. Na vers�o SRX, topo de linha, a Hilux est� recheada de bons itens de conforto e seguran�a: chave presencial, partida por bot�o, ar-condicionado autom�tico digital com sa�da independente para os bancos traseiros, acendimento autom�tico dos far�is, far�is baixos e de neblina em LED, descansa-bra�o para o motorista, bancos, volante e manopla do c�mbio em couro, compartimento refrigerado no painel, central multim�dia via tela de sete polegadas com c�mera de r� e navega��o (esta important�ssima quando n�o se sabe onde est�), controle de velocidade de cruzeiro e sete airbags.

Sofistica��o no interior da Hilux SRX%2C vers�o topo de linha da picape%3A os 4x4 deixaram de ser pequenos caminh�esDivulga��o

O custo deste universo de experi�ncias sensoriais, no Brasil, n�o � barato. � de se esperar. A Toyota Hilux SRX 4x4 diesel autom�tica custa R$ 194.920 (incluindo a cor met�lica vermelha), mas a picape parte no mercado de R$ 110.640, de acordo com o site da fabricante. Outro n�mero que conv�m citar � o de consumo de combust�vel. No programa brasileiro de etiquetagem, do Inmetro, a picape m�dia possui nota B na compara��o relativa na categoria, e D na compara��o absoluta geral. Consome at� 9 km/l de diesel na cidade e 10,5 km/l na estrada. Em nossa viagem, predominantemente nas estradas, ficamos mesmo na casa dos 10 km/l, o que avaliamos como natural, considerando seu porte e desempenho. O tanque de combust�vel comporta 80 litros.

Volta ao Rio

Na volta para casa, a BR-116, chamada no trecho de Rio-Bahia, � uma boa oportunidade de avaliar a performance da Hilux. Quase a totalidade dos pouco mais de 1.000 quil�metros � formado de pista simples e carretas aos montes. Tal situa��o exige um carro de boa acelera��o e retomada para ultrapassagens. E, � noite, de boa ilumina��o por parte dos far�is.

Povoados isolados%2C de tranquilidade inexistente em grandes cidades%2C s�o encontrados na ChapadaLeandro Eir� / Ag�ncia O Dia

O motor diesel de 177 cv e o c�mbio autom�tico de seis velocidades operando sozinho trabalham bem para ultrapassar os grandes caminh�es, nem foi necess�rio comandar marchas manualmente. O motor enche r�pido na medida que surge o instante necess�rio para deixar 20 e poucos metros para tr�s, com seguran�a. Vale ressaltar que a ca�amba estava vazia, o que confere automaticamente uma sobra. Com o compartimento preenchido com carga, a situa��o deve ser diferente. Por�m, n�o tivemos oportunidade para avaliar. Quanto ao controle manual das marchas, foi conveniente somente em alguns aclives fora de estrada.

Os far�is do ve�culo tamb�m s�o fundamentais nas estradas brasileiras, porque a realidade de muitas delas � n�o ter nem a sinaliza��o de pista. A Hilux SRX possui ilumina��o baixa de LED e o farol alto � de halog�nio. Na irm� SUV SW4, o conjunto � duplo LED.

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