Torcedor ferido em briga perde a visão
Flamenguista é uma das oito vítimas da ‘guerra’ que matou um torcedor do Botafogo perto do Engenhão
Por O Dia
Rio - A guerra de torcidas organizadas que provocou a morte de um torcedor do Botafogo deixou outras sete pessoas feridas no último domingo, no Engenhão, antes do jogo contra o Flamengo, provocou ainda mais sequelas.
O torcedor rubronegro Fabiano Gonçalves da Silva, de 28 anos, que levou um tiro no rosto durante o confronto, está internado no Hospital Memorial, no Engenho de Dentro, onde passou por uma cirurgia para a retirada da bala, mas acabou perdendo a visão de um dos olhos. Ele continua internado em estado grave e sem previsão de alta. Os familiares da vítima não querem dar entrevistas sobre o assunto.
Além de Fabiano, seguem internados no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, Anderson Firmo da Silva, e Evanildo Fernandes. O primeiro, que está em estado grave, é morador da Baixada Fluminense e integrante da Torcida Jovem do Botafogo, onde é conhecido pelo apelido de Neném. O segundo torcedor se recupera bem e não corre risco de perder a vida, mas também não tem previsão de alta.
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A briga entre as torcidas organizadas provocou a morte, ainda no domingo, do torcedor Diego Silva dos Santos, de 28 anos, integrante da Fúria Jovem do Botafogo. Ele teria sido atingido por u tiro e, em seguida, foi linchado por torcedores do Flamengo, em sua maioria ligados à Torcida Jovem. Diego ainda teve o tronco e o rosto perfurados por um espeto de fazer churrasco.
A Polícia Civil informou, anteontem, que a Delegacia de Homicídios estava analisando as imagens das câmeras de segurança da região para tentar chegar aos assassinos. Até o início da noite de ontem, não havia novidades sobre a investigação.
A morte de Diego Silva dos Santos foi a de número 177 envolvendo brigas de torcidas nos últimos 17 anos, uma média de mais de 10 mortes a cada ano, conforme O DIA mostrou na edição de ontem. O Brasil lidera o ranking de países com mortes ligadas ao futebol. “Considerando apenas as comprovadas. Este número pode ser maior”, lembra o pesquisador Maurício Murad.