Minist�rio do Trabalho vai fiscalizar todas as escolas ap�s morte de escultor

Igor S�rgio da Silva Faria morreu eletrocutado ao tentar desligar um equipamento plugado na tomada no barrac�o da S�o Clemente

Por O Dia

Igor trabalhava desde os 15 anosReprodu��o Facebook

Rio - Ap�s a morte do escultor Igor S�rgio da Silva Faria, de 21 anos, dentro do barrac�o da S�o Clemente, o Minist�rio do Trabalho prometeu fiscalizar os barrac�es de todas as escolas de samba para evitar novos acidentes nas instala��es. A v�tima foi eletrocutada na noite da �ltima quinta-feira, ao tentar desligar um equipamento plugado na tomada.

Familiares do jovem acusam a S�o Clemente de neglig�ncia. A m�e da v�tima, Liane Oliveira, que se dirigiu ao local imediatamente ap�s um amigo que trabalha no barrac�o ter informado que o filho havia sofrido um acidente, encontrou o jovem ca�do no ch�o e sem vida. Ela reclamou da aus�ncia de equipamentos de prote��o individual e de uma ambul�ncia ou profissional da �rea da sa�de que pudesse prestar os primeiros socorros e encaminhar Igor para um hospital. �Ele recebeu uma descarga el�trica quando foi desligar um equipamento na tomada. Se estivesse com uma luva de prote��o, isso n�o teria acontecido�, desabafou.

O Minist�rio P�blico do Trabalho prometeu instaurar um inqu�rito para apurar as condi��es de trabalho da v�tima e dos demais profissionais que atuam no barrac�o da S�o Clemente. 

Segundo a procuradora do trabalho, Julianne Mombelli, a S�o Clemente tem responsabilidade sobre a seguran�a do trabalhador, mesmo na fun��o de prestador de servi�o. �Os barrac�es empregam trabalhadores, e, por isso, precisam seguir as regras de seguran�a do trabalho�, avaliou.

Liane Oliveira explicou que o filho trabalhava como escultor desde os 15 anos. A paix�o e a dedica��o fizeram com que o jovem conquistasse a chance de trabalhar no Carnaval de Santa Catarina.

Ao retornar para o Rio de Janeiro, ele passou a atuar no acabamento das alegorias da S�o Clemente, onde atuava como prestador de servi�os e fazia parte de uma equipe que contava com pelo menos outros cinco escultores. 

Vigil�ncia interdita barrac�o 

A Sec��o de Seguran�a do Trabalho do Minist�rio do Trabalho est� acompanhando as investiga��es da pol�cia e deve concluir o laudo da morte do jovem em um prazo de 15 dias. A vigil�ncia Sanit�ria Municipal esteve ontem na Cidade do Samba, onde ocorreu o acidente, e interditou o barrac�o da S�o Clemente.

A m�e da v�tima, Liane Oliveira afirmou que o filho reclamava constantemente das condi��es de trabalho no barrac�o. �Meu filho sa�a de casa �s 8 da manh� e ficava no barrac�o at� �s 22 horas de segunda a s�bado. Ele j� havia comentado que estava sofrendo de exaust�o e estresse por causa da press�o no trabalho�, lembrou.

De acordo com ela, membros da diretoria da escola teriam lhe dito que o jovem sofria de problemas de sa�de, mas Liane afirma que o filho era um homem forte e saud�vel.

O sepultamento da v�tima vai ocorrer hoje, �s 16h30 da tarde, no Cemit�rio do Caju. 

Disputa de samba adiada

A S�o Clemente decretou luto oficial por 3 dias e prometeu prestar toda a assist�ncia necess�ria aos familiares da v�tima. Ainda segundo a agremia��o, o jovem fazia parte da equipe de poliescultura coordenada por Flavinho Escultor.

A eliminat�ria para a escolha do samba-enredo da escola, que seria realizada hoje, foi adiada para a pr�xima ter�a-feira. A S�o Clemente informou, ainda, que n�o ir� comentar as acusa��es feitas pela fam�lia da v�tima. A Pol�cia Civil informou que a 4� DP (Presidente Vargas) abriu um inqu�rito para apurar as circunst�ncias do fato.

Os investigadores realizaram dilig�ncias e est�o aguardando o resultado da per�cia. A 
Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) lamentou o epis�dio, mas afirmou que n�o ir� se pronunciar sobre o caso.

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