Rio - O julgamento de Saílson José das Graças, conhecido como 'Monstro de Corumbá', foi adiado para o dia 15 de outubro. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) a sessão, que aconteceria nesta terça-feira, teve a data alterada após um pedido da ré Célia.
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Sailson seria julgado pelas mortes de Fernanda da Silva Hazelman e do bebê dela, Pedro Hazelman dos Santos, de 2 anos. As investigações apontaram que Sailson seguiu Fernanda até a sua residência, no bairro de Santa Rita, em Nova Iguaçu, e a matou por asfixia. Como o bebê começou a chorar, ele decidiu matá-lo aplicando 14 facadas. O crime ocorreu em fevereiro de 2010.
O "Monstro de Corumbá" também responde pelo assassinato de Paulo Vasconcellos, morto em novembro de 2011, no bairro do Amaral, também em Nova Iguaçu. Ele e sua companheira, Cleusa Balbina de Paula, mataram a vítima por causa de uma dívida de R$ 40.
Além desses crimes, após a prisão, ocorrida em 2014, Saílson teria confessado a polícia que matou ao menos outras 43 pessoas. Na época, o delegado Pedro Henrique Medina, não descartava a hipótese de Sailson ter inventado todas essas mortes. Porém, as investigações levaram a crer que ele realmente cometeu os crimes por conta dos detalhes contados durante o depoimento.
Quando foi preso, Saílson chegou a dizer que sentia prazer em matar e que suas vítimas eram preferencialmente mulheres brancas. "Parava na padaria, numa praça, ficava vendo jornal. Olhava para uma mulher e falava: 'é essa'. Ia seguindo até em casa, mas nunca estuprei ninguém. Mulher pra mim tinha que ser branca, negra não, por causa da minha cor. Eu tinha prazer quando ela se debatia, gritava e me arranhava. Eu pensava que eu era meio maluco, às vezes normal", declarou ele.