Procura por consórcios imobiliários cresce no Rio

Cerca de 18,9% dos imóveis adquiridos no ano passado foram por consórcios

Por Marina Cardoso

Consorciado não precisa pagar juros nem dar entrada no imóvel, além de não precisar se preocupar com as parcelas intermediárias
Consorciado não precisa pagar juros nem dar entrada no imóvel, além de não precisar se preocupar com as parcelas intermediárias -

O consórcio imobiliário ganhou adesão como ferramenta para financiar a aquisição de empreendimentos. Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC) apontou que a média nacional de imóveis adquiridos por meio desse modelo foi de 29,1%, no terceiro trimestre de 2017. No Rio, cerca de 18,9% foram adquiridos pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo e o Sistema de Consórcios (SBPE).

Além de não precisar pagar juros nem dar entrada no imóvel, o consorciado também não precisa se preocupar com as parcelas intermediárias. Além disso, existe a possibilidade de usar o saldo do Fundo de Garantia do Trabalhador (FGTS) para dar lance ou aumentar o valor do crédito. Porém, a única despesa extra cobrada é a taxa administrativa, que equivale a um décimo dos juros de outros tipos de crédito.

NOVAS COTAS

"A expectativa com o início da retomada econômica para este ano traz também uma boa expectativa para o setor imobiliário e de consórcios. Podemos ver que o consumidor está mais confiante em relação às suas finanças, o que lhe dá mais tranquilidade para fazer planos de investimentos como a aquisição da casa própria", ressalta Rogério Pereira, diretor comercial do Embracon, administradora de consórcios.

Os bons resultados também incluem o aumento no número de novas cotas de consórcio no país. Segundo a Abac, o crescimento chegou a 26,4%, passando de 225,2 mil em 2016 para 284,7 mil no ano passado. As novas cotas indicam os novos créditos que serão disponibilizados.

Além disso, o volume de crédito comercializado também apresentou um crescimento expressivo de 45,1% e passou de R$ 26,72 bilhões no ano retrasado para R$ 38,77 bilhões em 2017. O tíquete médio também registrou alta de 14,8%. O valor médio da cota de consórcio imobiliário ficou em R$ 136,2 mil, em 2017. Em 2016, R$ 118,6 mil.

Em dezembro de 2017, o número de participantes ativos em consórcios imobiliários chegou a 832 mil, cerca de 5% acima dos 792,7 mil registrados em dezembro de 2016. No período de janeiro a dezembro, cerca de 72,85 mil consorciados foram contemplados e tiveram oportunidade de comprar ou reformar seus imóveis novos ou usados, seja casa ou apartamento (habitual ou de veraneio), terreno ou imóvel comercial.

Outro dado importante do levantamento é sobre os mais de 3,2 mil trabalhadores participantes do consórcio que utilizaram o saldo total ou parcial de suas contas de FGTS, totalizando uma movimentação de cerca de R$ 130,7 milhões. O uso foi 10% acima do volume de 2016, quando chegou a R$ 118,8 milhões, com 3.148 consorciados registrados.

"O sistema de consórcio é uma opção para compra planejada, sem o acréscimo de juros. Por esse motivo mesmo, aos primeiros sinais de retomada, muitas pessoas retomaram os planos de comprar um imóvel próprio", complementa o diretor comercial do Embracon.

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