O risco de ser orientado por falsos professores no Rio

Conselho Regional de Educação Física flagrou mais de 450 casos de exercício ilegal da profissão no ano passado

Por O Dia

Os fiscais também detectaram mais de 1,1 mil irregularidades em academias, clubes e estúdios no Estado
Os fiscais também detectaram mais de 1,1 mil irregularidades em academias, clubes e estúdios no Estado - Flávia Ferreira/divulgação

O verão é a época mais esperada pelos cariocas. Principalmente por aqueles que gostam de praticar atividades físicas na praia. No entanto, é preciso atenção na hora de escolher uma academia ou até mesmo um professor. Só no ano passado, o Departamento de Fiscalização do Conselho Regional de Educação Física (CREF1) flagrou 453 falsos profissionais em atividades físicas no Estado média superior a um caso por dia. Do total, 150 casos ocorreram em musculação e outros 69 em Treinamento Funcional. Os fiscais também detectaram mais de 1,1 mil irregularidades nos estabelecimentos. Na Região Metropolitana, foram 312 casos de exercício ilegal 41 deles na Orla. Outras modalidades aparecem no ranking, como Natação, Condicionamento Físico, Zumba Fitness, Hidroginástica e CrossFit.

De acordo com a supervisora de Fiscalização do CREF1, Giovanna Pereira, as ações da fiscalização tem por objetivo defender a sociedade e zelar pela qualidade dos serviços profissionais oferecidos. "A presença do profissional de Educação Física em locais como academias, estúdios, clubes, entre outros, além de obrigatória, é fundamental. É ele quem irá orientar de forma segura e eficiente a prática de exercícios", explica.

A Região Serrana e Centro Fluminense registraram o segundo maior índice de exercício ilegal, com 40 casos somadas. A Baixada Litorânea, que compreende a Bacia de São João e Região dos Lagos, registrou 38 casos. Já no Sul Fluminense, foram 36 flagrantes. As regiões Norte e Noroeste apresentaram outras 18 ocorrências. Outros seis falsos profissionais foram flagrados orientando exercícios físicos na Costa Verde. Desses, cinco atuavam em Angra dos Reis.

Entre as irregularidades em estabelecimentos, destaque para a falta de responsável técnico nomeado junto ao CREF1, com mais de 400 flagrantes. Falta de registro de Pessoa Jurídica e salas desprovidas de profissionais também estão na lista. Todos os casos de exercício ilegal da profissão foram encaminhados ao Ministério Público. Os estabelecimentos irregulares estão com processos em andamento no Departamento Jurídico do Conselho.

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